segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012





Manu Castro
Antônio Risério, à epoca da greve da polícia em 2011, escreveu um texto que agora se reatualiza. Disse, entre outras coisas, que:O poder público e a sociedade civil costumam se comportar, na Bahia, como se isto aqui fosse uma espécie de ilha da fantasia.Um paraíso tropical, uma festa sem fim feita de sol, música, sexo e alegria.Como se a miséria, a violência urbana, as discriminações sociais e raciais, o analfabetismo e o narcotráfico fossem problemas lá do Brasil- da Bahia, jamais.É a cartilha ditada pelo jogo de poder, pelo interesse turistíco e empresarial, e até pelo narcisismo baiano. A greve dos policiais veio para rasgar essa fantasia. Saques, assaltos, mortes e arrastões. A rede mitológica tecida por uma certa ideologia da baianidade, é estraçalhada nas ruas.Uma cidade que se sente na obrigação de fazer festa 365 dias por ano é uma cidade maníaca.Uma cidade que oculta sistematicamente de si mesma as realidades ásperas e cruéis de seu cotidiano é uma cidade doente.O paraíso não sobrevive sem polícia.Sem repressão armada"

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